ATA DA DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO SOLENE DA QUARTA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 21.05.1992.
Aos vinte e um dias do mês de maio do ano de mil novecentos e noventa e
dois reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha, a Câmara Municipal de Porto Alegre,
em sua Décima Terceira Sessão Solene da Quarta Sessão Legislativa Ordinária da
Décima Legislatura. Às dezessete horas e trinta e dois minutos, constatada a
existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos da
presente Sessão Solene destinada à entrega do Título Honorífico de Cidadão
Emérito aos Senhores Domício Torres da Silva, László Gyözö Böhm e Israel
Lapchik concedidos através dos Projetos de Resolução nºs 40/91, 44/90 e 43/90
(Processos nºs 2431/91, 2049/90 e 1979/90) de autoria dos Vereadores Luiz Braz
e João Dib, respectivamente. A seguir o Senhor Presidente convidou os Líderes
de Bancada a conduzirem ao Plenário as autoridades e personalidades presentes.
Compuseram a Mesa: Vereador Dilamar Machado, Presidente da Câmara Municipal de
Porto Alegre; Senhores Domício Torres da Silva, Homenageado; Ivanete Chavier da
Silva, esposa do Homenageado; László Gyözö Böhm, Homenageado; Athene Normann
Böhm, esposa do Homenageado; Israel Lapchik, Homenageado; Mina Lapchik, esposa
do Homenageado; Jornalista Luiz Carlos Machado Lisboa, representando o Prefeito
Municipal; Deputado Estadual Flávio Koutzii, representando o Presidente da
Assembléia Legislativa; Rabino Alejandro Lilienthal; Jornalista Firmino de Sá
Cardoso, representando a Associação Riograndense de Imprensa; Ben David,
Vice-Cônsul de Israel no Rio de Janeiro; Ana Lúcia D’Imperio Lima, Diretora de
Mídia do IBOPE, e o Vereador Clóvis Ilgenfritz, 3º Secretário da Casa. Em
continuidade, o Senhor Presidente registrou o recebimento de fax,
cumprimentando o Senhor Israel Lapchik, um dos Homenageados. A seguir, o Senhor
Presidente convidou a todos para ouvirem, de pé, o Hino Nacional. Após, o
Senhor Presidente disse de como era gratificante este momento, pois os três
Títulos foram concedidos pela unanimidade dos Edis desta Casa. Teceu
comentários sobre os Homenageados e passou a palavra aos Vereadores que
falariam em nome da Casa. O Vereador Luiz Braz proponente e em nome das
Bancadas do PTB, PDT, PT, PMDB, PPS, PV e PL saudou os presentes e
homenageados, mas especialmente a Domício Torres da Silva. Lembrou que a
experiência adquirida por ele é passada para as pessoas através de cursos e
palestras técnicas modernas de pesquisas, sempre em beneficio da sociedade. O
Vereador João Dib, proponente e em nome das Bancadas da Casa, saudou os
Homenageados, dizendo que são todos seus amigos. Teceu comentários sobre a
importância de cada Homenageado para a cidade de Porto Alegre. Em continuidade,
o Senhor Presidente convidou a todos para, de pé, assistirem à entrega pelos
Vereadores Luiz Braz, João Dib e pelo Senhor Samuel Burd, Presidente da
Federação Israelita do Rio Grande do Sul, dos Títulos Honoríficos de Cidadão
Emérito à Domício Torres da Silva, László Gyözö Böhm e Israel Lapchik, respectivamente.
Ainda, registrou a presença do Engenheiro Sérgio Soares, Presidente da
Sociedade de Engenharia. A seguir, o Senhor Presidente concedeu a palavra aos
Homenageados, que agradeceram a homenagem prestada pela Casa. Às dezoito horas
e quarenta e quatro minutos, nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos
pelo Vereador Dilamar Machado e secretariados pelo Vereador Clóvis Ilgenfritz.
Do que eu, Clóvis Ilgenfritz, 3º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelos Senhores Presidente
e 1º Secretário.
O SR.
PRESIDENTE: Passamos à
execução do Hino Nacional Brasileiro.
(É executado o
Hino Nacional Brasileiro.)
O SR.
PRESIDENTE: Senhoras e
Senhores, já contando a Mesa com as presenças ilustres de mais um dos nossos
homenageados Dr. Domício Torres da Silva, sua esposa Dra. Ivanete Chavier da
Silva e seus filhos.
Gostaria de
aproveitar a abertura deste trabalho para dizer a todos os Senhores,
especialmente, aos nossos homenageados do dia, que circunstancialmente esta
Sessão é extremamente gratificante para mim porque são às vezes muito
espinhosos e duros os caminhos da vida pública e da política. Porque nós
políticos não podemos jamais escolher os nossos parceiros, eles são escolhidos
pelo povo, e às vezes o povo nos coloca parceiros que não gostaríamos de ter.
Mas essa Sessão é
escolhida por decisão da Câmara, é a vontade dos Vereadores que propõem e dos
Vereadores que aprovam. E coincidentemente estes três títulos foram concedidos
pela unanimidade da Casa. É um prazer para mim como cidadão, ter na Mesa do
Legislativo que presido com muita honra, a figura do Dr. Domício Torres da
Silva.
Na realidade para
nós, particularmente para mim , que durante 23 anos de minha vida exerci a
profissão de radialista, o nome Ibope e o nome Domício Torres são intimamente
ligados e extremamente conceituados nos meios de comunicação. Por isto quero
dar, em nome da Mesa Diretora da Casa, ao Domício e sua esposa, as boas vindas
e a alegria de tê-los homenageados nesta Sessão. Igualmente, meu amigo Israel
Lapchik, de tantos anos, de tantas jornadas e de tantas conversas a respeito particularmente
da luta heróica e trajetória brilhante do povo judeu, da colônia Israelita no
Rio Grande do Sul, para mim é uma honra hoje presidir uma Sessão em que ele
merecidamente é homenageado pela Casa,
por iniciativa do Ver. João Dib.
E também é um grande
prazer reencontrar aqui na Câmara Municipal um homem que prestou serviços
inestimáveis a esta Cidade, um dos técnicos mais conceituados do setor,
principalmente de abastecimento de água de Porto Alegre. Dr. László Gyözö Böhm,
um homem que se integrou à vida deste estado, deste País e desta cidade, e que
para minha alegria também hoje estará sendo homenageado por todos nós,
recebendo o Título de Cidadão Emérito de Porto Alegre.
Em resumo, estou
feliz, estou gratificado pelo momento que por certo me faz bem.
Concedo a palavra
ao Ver. Luiz Braz, para que em nome da Bancada do PTB, que V. Exa. Lidera nesta
Casa, do PDT; do PT, do PMDB, do PPS, do PV e do PL, dirija-se aos homenageados
e particularmente ao seu homenageado Dr. Domício Torres da Silva.
O SR. LUIZ
BRAZ: Senhoras, Senhores, é
realmente com grande satisfação que nós falamos desta Sessão Solene para saudar
em geral todos os homenageados aqui, homens de relevância dentro da sociedade,
de destaque em seus setores de atuação, mas me incube a missão particular de
fazer uma saudação especial, a figura do meu amigo, Diretor-Geral do IBOPE,
Domício Silva.
Nós poderíamos
começar a nossa saudação ao Domício dizendo que nós estamos nos sentindo
gratificados por termos proposto este título. Porque é muito bom quando o
homenageado extrapola a importância do próprio título que ele está recebendo. E
isto está acontecendo contigo e, tenho certeza, acontece com o Dr. László, com
o Dr. Israel Lapchik. Tu trouxeste, com a tua experiência, aqui para o Rio
Grande do Sul, e uma experiência que não guardas só para ti, é uma experiência
que tu fazes questão de passar para todas as pessoas, através de cursos e
palestras que realizas, técnicas modernas de pesquisar. Tu, com a tua
capacidade e competência, formaste um conceito muito sólido. E, tão sólido é
este conceito, que todas as emissoras de comunicação, todas as empresas, elas
querem saber como é que andam de receptividade no meio dos seus segmentos,
acabam chamando quem? Para ter realmente a certeza do trabalho que estão
realizando? Chamam o IBOPE. E isto é
muito do trabalho que tu realizas. Isto diz muito de toda a tua competência e
de tua capacidade. As técnicas modernas, estas experiências que tu passas para
todos, realmente está sendo muito importante neste instante.
E nós que
pertencemos a partidos políticos, também nos valemos muito da tua experiência e
da experiência do IBOPE, porque basta relembrar as eleições passadas, quando,
de repente, todo o mundo dizia: “ Não, não é isso, é impossível, não dar esse
numero, e quando chegou na conferência dos votos o IBOPE demonstrou que sua
técnica estava perfeita, e praticamente não houve erro nos resultados finais
apontados pelo IBOPE. E eu acho que isto deve servir de grande júbilo para
você. Mas o Domício Silva não é apenas o homem técnico, não é apenas o homem
competente, o homem capaz, até por que eu acredito que o homem, para chegar
onde o Domício chegou, ele tem que ter uma base de onde ele alce vôo em destino
ao sucesso. E é por isso que saudamos o Domício também como excelente homem
membro de família e membro de sua sociedade. E eu vou apenas repetir uma frase
do filósofo Sófocles: “Quem é bom membro de família, também é bom cidadão.” E
você, realmente, está apenas confirmando esta frase de Sófocles. Você, como bom
membro de família e como bom membro da sociedade, consegue fazer com que a sua
participação dentro da sociedade seja extremamente positiva. O Domício é aquela
pessoa que como membro da Igreja Adventista, como integrante de uma comunidade
pobre lá da Zona Norte, da Vila Santa Rosa, ele consegue fazer com que a sua
atuação no seu meio seja uma atuação altamente benéfica. E nós vemos que um
homem que é capaz praticamente de durante toda a vida como profissional estar
em contato com as altas esferas sociais e com os expoentes máximos da elite do
Rio Grande do Sul. E, na sua vida de sociedade, é capaz também de fazer com que
estes seus contatos, com que esta influência na sociedade, possam ser benéficos
a camada daqueles que estão esperando até pelo apoio de um homem tão
importante, como é o Domício. Este homem mereceu o Título que estamos dando.
Não quero me prolongar, tenho certeza que o público que aqui está quer ouvir o
Ver. João Dib, que vai fazer a sua saudação especial ao Dr. Lapchik e ao Dr.
László. Mas, para finalizar também quero ouvir os integrantes, os homenageados
de hoje. Mas, reservei uma frase, que diz muito da tua passagem aqui no Rio
Grande do Sul. É muito difícil trabalhar na área que você trabalha sem ser
atacado de alguma forma. É muito difícil isso. E você consegue alguma coisa que
para muitos outros homens seria quase que impossível, você dirige o IBOPE e eu,
que pertenço aos meios de comunicação, sei muito bem que as pessoas vinculadas
a esses meios de comunicação respeitam o seu trabalho e têm você como uma
pessoa extremamente honrada. Todo mundo que chama você para auferir as suas
posições e seu dimensionamento dentro dos seus segmentos, sabe muito bem que
está tratando com uma pessoa altamente honrada e o resultado que você vai
divulgar vai ser um resultado justo, digno.
Então, reservei
aqui uma frase a respeito da honra para fazer esta saudação final no meu
pronunciamento. Esta frase pertence a Shakespeare e ele fez uma frase de quem
parecia conhecer você. “A alma da riqueza do corpo, e assim como o sol fura as
nuvens mais densas, a honra reluz através da mais grosseira das vestes”. E
assim é você. A gente olha para você e a gente consegue ver que a honra está
brilhando realmente ao seu redor. E isso, eu tenho certeza absoluta é a causa
principal do grande sucesso que você faz em nossa sociedade.
Parabéns, Domício!
Parabéns, Porto Alegre, pelo título que lhe oferece. Obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra o
Ver. João Dib, que falará em nome das Bancadas do PDS, seu Partido, PDT, PV,
PT, PMDB, PPS e PTB.
O SR. JOÃO DIB: (Menciona os componentes da Mesa) E uma
citação toda especial para o Prof. Eurico Trindade Andrade Neves, que foi
professor meu e do László. Meus caros amigos, Domício, Israel e László é para
mim uma satisfação toda especial quando a Cidade homenageia três amigos meus.
Domício, o Ver. Luiz Braz disse das suas qualidades e eu vou apenas lembrar uma
coisa que eu tenho dito reiteradas vezes: um dos grandes problemas da
atualidade, talvez o pior, é o cansaço dos bons e tu és um bom e a coletividade
precisa de ti. Mas por certo há de ser fácil continuares dando o melhor de teu
esforço com a Dra. Ivanete te ajudando. Eu o cumprimento pela merecida
homenagem e vai um abraço especial.
Meu caro Israel,
Buda ensinou que o homem sofre por duas razoes: o desejo de ter e o desejo de
ser. Por certo o desejo de ter não te alcançou, porque Deus na sua infinita
sabedoria te deu as coisas que um homem simples e bom quer: uma família boa,
uma casa para morar, viver bem na sua coletividade e, aí, este mal não deve te
afligir ao lado da Mina, os dois que eu vi namorar, vejo casados, vi seus
filhos nascerem, fomos vizinhos, continuamos amigos desde a época do colégio
Julio de Castilhos. Nenhuma alteração. Mas sempre se ouve dizer: ser ou não ser
e os homens bons não tem este dilema. É diferente, o homem bom quer ser no
mundo e não ser do mundo e o Israel, amigo nosso, homenageado de todos
realmente desejou ser e, felizmente, tem conseguido ser, ser para os seus
colegas odontólogos, ser para aqueles que, como seus pais imigraram para um
Brasil maravilhoso e ele também migrou, porque veio de São Paulo para cá; ser
como toda aquela coletividade judaica que ele pertence, que ele ajuda, mas que
também ajuda o resto da coletividade e ajuda a todos aqueles que até ele chega.
Então, ele desejou ser e, felizmente, consegue ser: ser no mundo, ser na
Cidade, que hoje ele diz que é um cidadão que merece muito mais respeito, muito
mais carinho e muito mais atenção de todos nós e também nós queremos, como foi
dito para o Domício, que o Israel continue dando o melhor de si para que toda a
coletividade porto alegrense possa receber do seu trabalho, do seu carinho, da
sua competência algo de bom, isto por certo vai ser facilitado pelos seus filhos
e pela sua esposa namorada que é a Mina. Saúdo-o com muita satisfação. László,
nós trabalhamos juntos e só tenho boas memórias. A Cidade também só tem boas
memórias do László, uma das coisas importantes na vida de um indivíduo é ter
nascido numa cidade grande e importante. Eu não sei a cidade que o László
nasceu lá na Hungria como é que era, mas eu sei que a cidade que ele adotou par
ser a sua esta é grande. Já que o nosso Luiz Braz falou, eu também vou falar,
perguntaram para Sócrates qual a sua origem, e ele respondeu: Não sou de
Atenas, não sou da Grécia, mas sou do mundo, e László por certo hoje pode
dizer, não sou da Hungria, não sou do Brasil, mas sou de Porto Alegre, e Porto
Alegre é o mundo, aqui tem tudo, porque todos nós que aqui estamos ajudamos
fazer esta Porto Alegre cada dia melhor. E László, nós queremos que tu não
canses porque nós conhecemos toda a experiência de Engenheiro e profissional
competente sempre disposto a dar o seu trabalho, a sua cooperação para que
problemas fossem transformados em soluções. E até temos a responsabilidade de
continuar estimulando o nosso László, para que ele seja cada vez mais e mais
útil a nossa Porto Alegre, a sua Porto Alegre, que hoje homenageia com muita
justiça. Mas László, eu hoje li uma poesia e disse: Esta aqui foi feita para o
László, diz assim: “Sou húngaro, a minha índole é grave, como os primeiros sons
de nossos violinos. O sorriso às vezes me aponta nos lábios. Mas, é raro
ouvir-se o meu riso. Quando o prazer melhor me cora as faces, de tão disposto,
desato a chorar. Mas, no tempo da mágoa, meu rosto é alegre, porque não quero
que tenhais pena de mim. “Achei a poesia bonita feito a alma que o László tem.
Eu, hoje, me sinto
extremamente feliz, minha alma está plena de felicidade, porque Porto Alegre,
através da sua representatividade, que são os Vereadores, a síntese de todos os
cidadãos da Cidade, está dizendo que Domício, Israel e László são três pessoas
queridas e que ainda tem muito a dar à nossa Cidade. Muito obrigado a vocês
pela oportunidade que nos deram. (Palmas)
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Faremos, agora, a
entrega, a cada homenageado, do diploma de Cidadão Emérito de Porto Alegre.
Cabe a esta Presidência ressaltar que este título, por Lei, só é concedido a
pessoas, porto alegrenses ou não, que efetivamente prestam inestimáveis,
relevantes e notórios serviços à Cidade de Porto Alegre. Como são dois os
Vereadores proponentes e três os homenageados, a Mesa delibera que o título de
Cidadão Emérito ao Domício seja entregue pelo Ver. Luiz Braz, ao Dr. László,
pelo Ver. João Dib e , se me permitir o Ver. João Dib, proponente,que o título
ao Dr. Israel seja entregue pelo Presidente da Federação Israelita do RS, Dr.
Samuel Burd. Solicitamos aos Srs. presentes que fiquem em pé para assistirmos à
entrega dos títulos.
(É procedida a
entrega dos diplomas aos homenageados e o Plenário assiste em pé). (Palmas.)
A esposa do Ver.
Luiz Braz faz a entrega de um ramalhete de flores à esposa do Domício, Sra.
Ivanete Chavier da Silva.
(É procedida à
entrega das flores.) (Palmas.)
O SR.
PRESIDENTE: Concedo a palavra
ao Diretor-Geral do IBOPE, Dr. Domício Torres da Silva.
O SR. DOMÍCIO
TORRES DA SILVA: Exmo Sr.
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Dilamar Machado; demais componentes
da Mesa, Senhoras e Senhores. (Lê.)
“Esta é uma
ocasião importantíssima para mim.
Receber o título
honorífico de ‘Cidadão Emérito de Porto Alegre’ significa, para mim, a suprema
realizaçao de um sonho.
Sonho atrevido,
ambicioso, reconheço, diante da enormidade que isto representa.
O Valor deste
título sobrepuja avaliaçoes monetárias e transcende aos conceitos mais honrosos
eventualmente evocados.
Porto Alegre é uma
Cidade:
atraente - pelas suas formas,
vibrante - pela
ânsia de operar,
atual - pela
modernização,
humana - na
atuação de seus habitantes,
belíssima - pelos
aspectos panorâmicos e notadamente pela beleza feminina que flui naturalmente
aqui.
Toda minha
existência útil foi desenvolvida em Porto Alegre:meu primeiro emprego com
carteira assinada foi na ‘Casa Masson’, em seus tempos áureos.
Aqui encontrei
minha companheira, casei, e aqui nasceram nossos dois filhos.
Meus filhos,
Elenise e Rafael, são cidadãos naturais de Porto Alegre, cidade que elegi por
convicção e paixão.
Amor a primeira
vista, sem dúvidas, foi o que senti quando aqui cheguei.
Um cidadão se atem
a direitos e deveres.
É sua obrigação
zelar pelo bem-estar de sua comunidade, em todas as circunstâncias.
Orgulha-se com a
projeção e o progresso de sua cidade e entristece-se com eventos que a
desmereçam.
Uma cidade é
composta de habitantes, unidos numa necessidade básica: desenvolver em todos os
campos as iniciativas que contribuam para o desenvolvimento econômico, social e
humanitário, aspectos que, atingidos os objetivos, proporcionam a solução dos
problemas cruciais que afligem a
sociedade.
Um problema sério,
que desestabiliza uma cidade e por extensão uma nação, é a desobediência as
autoridades e leis que, constituídas, regem a convivência pacífica e ordeira e
que buscam a prosperidade da comunidade.
É Bíblico o
aconselhamento a obediência às leis e autoridades, havendo justificação para
tal conselho:
As autoridades são
constituídas por Deus e existem para o bem dos cidadãos.
Cristo, vivendo
numa época de exceção, sob domínio do Império Romano, disse, quando consultado
sobre o pagamento de tributos ao Imperador, a frase antológica: ‘Dai a César o
que é de César, e a Deus o que é de Deus’, pregando a obediência às autoridades
e suas implicações, enquanto as mesmas não eximirem e entravarem a obediência a
Deus.
Obediência às
autoridades, pagamento dos tributos ou impostos, relacionamento social amável,
cortês, cumprimento das leis e incessante busca da paz, beneficência,
honestidade e prosperidade, são requisitos obrigatórios, mas que não pesam nem
escravizam o verdadeiro cidadão.
Tenho procurado
atuar nessa linha, sabendo que estes requisitos contribuem para o bem-estar de
todos os habitantes de nossa cidade, nos quais me incluo.
Sinto orgulho em
participar do processo evolutivo desta cidade, agora com o estímulo honroso que
este título me concede.
Sinto-me honrado,
orgulhoso, feliz e consciente de que minha atividade a testa do Ibope, foi o
fator gerador deste título.
Maio é o mês do
aniversário do Ibope e 92 é o ano que coroa este instituto com 50 anos de
atividades.
Isto é motivo de
orgulho para nós brasileiros: O Ibope é a maior empresa de pesquisas da América
Latina.
Com um
comportamento sério, honesto, de capacidade comprovada, projetou a pesquisa ao
lugar de destaque que ocupa hoje e que, prepara-se, modernizando-se, para
enfrentar os próximos 50 anos que advirão.
Agradeço ao Ibope
a oportunidade de desenvolver meu ideal e receber a projeção hoje concretizada.
Agradeço ao nobre
Vereador Luiz Braz a lembrança do meu nome para este título que me envaidece ao
extremo.
Acompanho seu
trabalho desde a primeira gestão e sei do seu zelo e interesse por nossa
comunidade.
É um batalhador e
merecedor da confiança que os porto-alegrenses nele depositaram.
Estendo meus
agradecimentos aos demais Edis que compõem esta ‘Casa do Povo’ e que foram generosos ao aprovar a proposição do Vereador Luiz Braz.
Não posso deixar
de mencionar o estímulo que recebo diariamente de minha esposa.
Minha companheira,
que compartilha meus dramas, minhas lutas e minhas alegrias, tem grande parcela
nesta honraria que recebo.
A Ivanete, meus
agradecimentos.
Aos amigos e
amigas, do meu círculo de relacionamento social aqui presentes, meus
agradecimentos porque tenho consciência do valor que representam para o meu
sucesso.
Aos amigos e
amigas, do meu dia-a-dia profissional, clientes importantíssimos que geram aA
seqüência de vitórias de minha empresa, meus agradecimentos pela compreensão e
estímulo.
Aos meus
funcionários, companheiros e companheiras fiéis no ideal de prestar um serviço
de alto nível, que nossos clientes merecem, meus agradecimentos; sem dúvidas,
vocês são parte integrante desta homenagem.
Propositalmente,
deixo para o final a menção de agradecimento ao meu Deus, porque Ele é o mentor
de todas as circunstâncias que me fizeram aqui estar.
Cito uma frase
Bíblica: ‘Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor’.
A Deus, portanto,
a honra.
A todos, muito
obrigado.”
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Tenho a honra de
conceder a palavra a mais um ilustre homenageado desta Sessão Solene, Cidadão
Emérito de Porto Alegre, Dr. László Böhm.
O SR. LÁSZLÓ
BÖHM: Exmo. Sr. Presidente da
Mesa, Ver. Dilamar Machado; Srs. homenageados e demais autoridades aqui
presentes.
Minhas Senhoras e
meus Senhores.
Mesmo um adepto do
pensamento cartesiano, como sou eu, não pode deixar de se emocionar ao ser
agraciado com o Título Honorífico de Cidadão Emérito, da urbe de sua opção, por
voto unânime do egrégio Legislativo Municipal.
O mais vibrante
entre os sentimentos, que nestas circunstâncias afloram é a gratidão.
Prezado Senhor
Vereador João Antonio Dib, o servidor municipal que tem a glória de ter ocupado
todas as funções relevantes, tanto do executivo como do legislativo, desde
engenheiro até prefeito, queira aceitar os meus agradecimentos pela proposição
da honraria de que estou sendo alvo.
Solicito ainda,
que seja o porta voz, dos meus agradecimentos a todos os Senhores Vereadores,
os quais votaram favoravelmente a vossa proposição e neste momento encontram-se
ausentes.
Pois aos presentes
faço-o agora.
Sinto o dever de
agradecer ao Deputado Estadual Guilherme Socias Villela, ex-prefeito de Porto
Alegre, a confiança depositada na minha pessoa, para dirigir durante quase seis
anos, o destino do DMAE. Creio, que o meu desempenho no exercício desta missão,
contribuiu para ser considerado merecedor desta honraria.
Três homens,
professores meus e colegas de profissão, os quais muito admiro, tiveram grande
influência na minha formação. Seguramente, o legado deles pesou muito ao
entendimento de que seja considerado Cidadão Emérito de Porto Alegre.
O meu pai, Viktor
Böhm, engenheiro estrutural, cujo projetos e obras estão semeados tanto no
nosso Estado como fora dele, ensinou-me a lógica, a análise e foi ele
que despertou o gosto pela engenharia.
Tenho uma atração
irresistível pela água, por esta razão não segui suas pegadas, mas enveredei
pelo caminho da hidráulica e do saneamento.
O engenheiro único
laureado pela nossa Escola de Engenharia, o ex-prefeito Telmo Thopson Flores,
administrador e técnico notável, foi o meu primeiro empregador e os seus
ensinamentos e exemplo serviram de modelo para saber gerenciar os
empreendimentos a mim confiados. No primeiro decênio da minha vida profissional
foi o Dr. Telmo que me incentivou e entusiasmou em direção a engenharia
sanitária.
O professor de
hidráulica, Engenheiro Eurico Trindade Neves, Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, um
monumento vivo de integridade humana, com as suas observações delicadas,
precisas, e ações exemplares contribuiu para a minha formação filosófica e
humanista.
Em público
proclamo agora, a estes três homens eu devo muito.
A partir 15 de
novembro de 1947 a minha família radicou-se em Porto Alegre, eu tinha 14 anos
completos.
Em pouco tempo
aprendi gostar da vida simples e provinciana de Porto Alegre das décadas de 40
e 50. Os desfiles, nos finais de tarde na rua da praia, as seções de cinema, os
barulhentos bondes e o abrigo da Praça 15 faziam parte do cotidiano.
Admirei o reflexo
do pôr do sol nas águas do Guaíba.
Fui Anchietano, na
rua Duque de Caxias, pertenci a Tropa de Escoteiros Manuel da Nóbrega e graças
as excursões e acampamentos rapidamente familiarizei-me com os arredores.
Conheci o Guaíba.
Tomei banho em sua águas. Usei para beber e cozinhar.
No inicio da
década de 50 comecei a participar em competições de barco à vela.
Posteriormente
aprendi a respeitar as águas da Lagoa dos Patos explorando as suas praias e
recantos, ostentando a flâmula do Veleiros do Sul, clube este que é até hoje o
meu segundo lar. São Lourenço, Rio Grande, São José do Norte, Pelotas e Tapes
sempre ofereceram porto seguro no final da viagem.
Cedo senti que
Porto Alegre possui uma latente vontade de modernização, cujo desabrochar
localizo nos meado da década de cinqüenta, tão ao gosto de um estudante de
engenharia civil então.
Em um ritmo
acelerado os bairros sofreram o processo da metamorfose. As casas velhas, de
arquitetura tradicional, foram derrubadas para serem substituídas por edifícios
cada vez mais altos e luxuosos. Os espaços verdes foram se sumindo.
No início da
década de sessenta, por ocasião do Congresso de Engenharia Sanitária em
Porto Alegre, assisti a palestra do Biólogo Samuel Branco sobre a poluição das
águas da Represa Billinos, em São Paulo. Fiquei profundamente impressionado.
Nesta época, a
preocupação com a degradação do meio ambiente cabia aos técnicos em saneamento,
pois não existiam ainda os ecólogos.
Perdi o entusiasmo
pela verticalização das cidades. Decidi em definitivo de passar a militar na
engenharia sanitária.
Assim, as minhas
atividades profissionais passaram a gravitar em torno dos problemas
relacionados com esgotamento pluvial, abastecimento de água, tratamento e
coleta de esgoto sanitário.
Rapidamente
compreendi os efeitos nefastos do desenvolvimento tecnológico inconseqüente
sobre o eco sistema.
As pessoas em
geral são ávidas para usufruir os bens e o conforto oferecido pela nossa
civilização. Mas não tem consciência clara do custo ecológico a pagar. São
poucos que realmente conseguem avaliar as reais dimensões do problema. A
relação entre causa e efeito, em questões ambientais, pouco compreendido.
Infelizmente a
bandeira da ecologia, presta para ser explorada promovendo grupos ou pessoas.
Existem os fanáticos, radicalizando as proposições e aqueles que
inconseqüentemente conjugam a “achalogia”, proclamando meias verdades por
ignorância ou para fins escusos.
É estarrecedor,
que grupos ou pessoas assumindo o poder não conseguem executar os programas por
eles antes propostos, preferem abdicar da condição de dirigentes
assumindo a posição de crítico, em vez de reformarem as suas teses adaptando à
realidade.
Para não alongar
demais, deixo de arrolar exemplos. Não defenderei as idéias de Maltius, de que
o crescimento desmesurado da população é o câncer do mundo.
As visões
extremadas nada contribuem para a solução dos conflitos muito menos a
preservação do equilíbrio ecológico. Pessoalmente sou adepto ao desenvolvimento
sustentável, ou seja, desenvolver com o menor dano possível ao ambiente.
Para sermos transparentes
não ludibriar os nossos interlocutores e edificar o sólido e duradouro devemos
estudar e pesquisar proposições viáveis resultantes de um planejamento
minucioso. Nestas condições temos o direito de pleitear aprovação do público.
Tenho dito.
(Não revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Concedemos a
palavra ao meu agraciado nesta cerimônia Dr. Israel Lapchik.
O SR. ISRAEL
LAPCHIK: Exmo. Sr. Presidente
da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Dilamar Machado; senhores
homenageados; demais membros da Mesa; meu caro Vereador e amigo João Dib,
prezados Vereadores; queridos familiares; amigos; dirigentes comunitários;
colegas; meus senhores e minhas senhoras.
Inicio dizendo da
minha satisfação em estar neste espaço de nossa Câmara Municipal, onde atuam
todos os prezados vereadores e funcionários.
Nunca é demais
reafirmar o apreço que temos por todos que com sua atividade permanente vem
colaborando para soluções dos inúmeros desafios que a população de Porto Alegre
enfrenta.
Recebi, faz algum
tempo, a comunicação que a Câmara Municipal de Porto Alegre, decidiu por
votação unânime de seus vereadores, aprovar a proposição do ilustre Vereador
João Dib, indicando meu nome para receber o Título de Cidadão Emérito.
As dúvidas que me
assaltaram de imediato, diziam respeito sobre a justiça da honraria.
Passei a
questionar sobre o que teria motivado o prezado Vereador João Dib à indicação
de meu nome com tal propósito.
Comecei a
raciocinar em termos de que, na minha pessoa, estavam sendo homenageados
segmentos do povo de Porto Alegre.
Meus pensamentos
me transportaram para a minha infância, em Cruz Alta e, a partir dos seis anos
de idades, em Porto Alegre.
Lembro, deste
período, das comemorações alusivas ao Centenário Farroupilha, onde a comunidade
judaica participou, fazendo construir um obelisco, com dizeres homenageando os
heróis farroupilhas.
Morávamos então
meu pai Henrique, minha mãe Geny, minha irmã Riva e eu, na Av. Cauduro.
Cursei o primeiro
ano primário no Colégio Israelita Brasileiro, completando o curso primário no
Grupo Escolar General Daltro Filho, agora já morando no fim da linha
Auxiliadora, na rua 24 de Outubro, 1385.
As casas em que
residi, Av. Cauduro, rua 24 de Outubro já não existem.
Cederam lugar ao
progresso, mas tenho delas e das vivências da época, nítida lembrança.
Em 1950 recebi o
Diploma de Cirurgião Dentista.
Em 1951 fui
aprovado e iniciei carreira em função pública.
Em 1953 casamos, a
Mina e eu, temos três filhos, todos casados que estão nos proporcionando a
felicidade de termos cinco netos.
Por ordem de
nascimento: Mário Breno- médico clínico geral, casou com Denise Turik- médica
pediatra, pais de nossas netas Giane e Lílian.
Regina Esther-
advogada, casou com Nelson Chanin- médico anestesista, pais de nossos netos
Márcio e Vivian e Milton- médico infectologista, casou com Valderez Valero-
biomédica, pais de nosso neto Fábio.
Para satisfação
nossa, estão aqui e para isto interromperam suas atividades, sendo que nosso
filho Milton, por estar atuando na prevenção da AIDS, convidado pela Prefeitura
de São Paulo e pelo Governo do Estado de São Paulo, bem como em pesquisa na
Escola Paulista de Medicina, sabemos bem das dificuldades ultrapassadas para
estar aqui com a Valderez e o Fábio, de dois meses.
Estão aqui,
também, minha irmã Riva- professora, seu esposo Marcos Borenstein- advogado,
seus filhos Nelson- arquiteto e Sheiva Sara- assistente social, casada com
Benami Zandwais- professor e seus filhos Ariel e Sheli
Este é o grupo
familiar originário de meus pais Henrique e Geny Lapchik ampliado por
casamentos de filhos e netos com as famílias Borenstein, Chanin, Turik, Valero
e Zandwais.
Cito estes dados,
para caracterizar bem as correntes migratórias originárias de outras
regiões e que atuam nas mais diversas
profissões.
Minha vida
profissional, procurei organizá-la de forma a exercê-la em clínica particular e
na função pública, como cirurgião dentista lotado na Secretaria de Educação,
prestando atendimento a alunos de escolas públicas, função da qual estou
aposentado.
Lembro da Escola
Agrônomo Pedro Pereira, onde iniciei com alunos muito pobres que tinham na
merenda escolar sua única refeição diária e tinham saúde precária.
Atendendo a
solicitação de executar projetos preventivos em várias escolas em relação à
saúde da boca, passei a atender, entre outras, a Escola General Daltro Filho,
onde tinha cursado a escola primária.
Assim, sinto-me
vinculado aos profissionais da área de saúde e à categoria dos funcionários
públicos.
Minhas senhoras e
meus senhores.
As lembranças me
vêm nítidas a respeito de como meu falecido pai contava dos motivos que os
levaram, meu pai e minha mãe, a imigrarem para o Brasil.
Narrava das
perseguições, dos constrangimentos sofridos em sua terra natal.
Testemunhei a saga
de meus pais, o trabalho perseverante
que iria com esforço e determinação criar condições para educar seus
filhos e para sonhar com dias melhores.
A comunidade
judaica de Porto Alegre teve sua primeira entidade fundada em 1910, foi a
Sinagoga da União Israelita Porto-Alegrense. Seguiram-se, de acordo com as
necessidades, a formação de entidades que passaram a suprir as áreas
religiosas, educacionais, sociais, esportivas, lar de velhos, sionistas,
centros de tradições juvenis, assistenciais, entre outras.
A condição humilde
da quase totalidade dos membros da comunidade judaica, no seu início, era uma
constante, mas isto não diminuiu a vontade de parte dos pais em proporcionar
condições de estudo e trabalho a seus filhos.
Foram inúmeros os
obstáculos que graças a perseverança foram sendo vencidos.
São situações que
também eu vivenciei já na minha infância.
A pátria que meus
pais escolheram e que os acolheu, recebeu deles e vem recebendo de seus
descendentes a gratidão em termos de trabalho, reconhecimento, patriotismo e
lealdade.
Pertenço à geração
que vivenciou e vem vivenciando fatos da maior importância, alguns muito
tristes e outros que nos trouxeram satisfações e outros, ainda, trazendo
desafios imensos.
A Segunda Guerra
Mundial, o Holocausto que vitimou seis milhões de judeus, a vitória dos aliados
contra as forças que tanto sofrimento causaram.
É preciso que
estejamos vigilantes contra o ressurgimento de ideologias que tanto já
infelicitaram a humanidade e que buscam a volta das intolerâncias étnicas,
raciais e religiosas.
Não podemos
permitir que para cá sejam importados ódios de qualquer espécie, mas ao
contrário, o exemplo de convivência fraterna em nosso país é que deve ser
levado para regiões onde a intolerância ainda é uma constante.
Meu caro Vereador
João Dib, prezados Vereadores, minhas senhoras e meus senhores, entendo que
devo transferir esta homenagem à memória de meu pai e à minha mãe,
impossibilitada de estar aqui, já que devo a eles minha formação e
ensinamentos, que me transmitiram valores éticos e morais no sentido de bem
conduzir minha vida.
Transfiro a
mensagem à minha esposa, que apesar de seus inúmeros encargos no Magistério e
como bioquímica, sempre me apoiou, incentivou e colaborou de forma decisiva
para poder me dedicar a objetivos comuns. Transfiro esta homenagem à minha
família que vem me apoiando e criando condições para poder exercer minha
atividade e ser o que sou.
Transfiro esta
homenagem aos profissionais da saúde, aos funcionários públicos, categorias as
quais me sinto vinculado com satisfação.
Transfiro a
homenagem aos imigrantes e seus descendentes, pessoas de todas as origens, que
estão irmanadas em sentimentos e propósitos para o bem de nossa cidade, nosso
Estado e nosso País.
Podemos afirmar
que hoje a comunidade judaica vem atuando através de seus membros em todas as
profissões, pertencendo a todas as categorias sociais.
Na condição de
ex-presidente da Federação Israelita do Rio Grande do Sul e atual presidente de
seu Conselho Geral sinto-me à vontade para transferir esta homenagem a toda a
comunidade judaica, que integrada por pessoas de todas as origens constitui
segmento do povo de nossa cidade e soma com sua capacidade de trabalho e
realização no sentido de vencer os desafios e termos Porto Alegre habitada por
uma população cada vez mais feliz, com mais saúde e com mais progresso.
Transfiro a
homenagem a toda a diretoria a assessores de nossa Federação Israelita, meus
companheiros, amigos dedicados que tanto têm me ajudado, bem como a todos
dirigentes das entidades filiadas à nossa Federação que vêm atuando com tanta dedicação
e competência.
Agradeço a
lembrança de meu nome ao prezado Vereador e amigo João Dib, a todos os
vereadores e a todos que de alguma forma tornaram possível vivenciar momento
tão importante.
A todos muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Encerramos os
trabalhos.
(Levanta-se
a Sessão às 18h 44mim)
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